quarta-feira, 18 de março de 2009

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A morte não pode canonizar Clodovil Hernandes

Posted: 18 Mar 2009 01:00 PM PDT

Passar desta para algum lugar, melhor ou pior, muitas vezes redime todos os pecados. Ao menos nos veículos de comunicação brasileiros. Veja o caso de Clodovil Hernandes. Na televisão, internet, jornais e emissoras de rádio, a morte leva personalidades e políticos a evocar qualidades do estilista, apresentador e deputado federal. Ao passo que o coração pára de bater, o altar começa a ser construído.

Clodovil era mesmo um homem bom, como afirma Marcelo Tas em seu blog? Será que sua origem, garoto adotado que nunca conheceu os pais biológicos, explica algumas reações na vida e na profissão, como justifica Fausto Silva? Será que ele era polêmico e corajoso, por dizer o que pensava e falar sem rodeios, como garante Gugu Liberato?

Não. Clodovil era irresponsável em suas declarações. Aos quatro ventos fez afirmações consideradas racistas, anti-semitas e machistas. Chamou a vereadora paulistana Claudete Alves, que é negra, de “macaca de tailleur metida a besta”. Afirmou que os judeus teriam manipulado o Holocausto e forjado o atentado de 11 de setembro contra o World Trade Center. Disse também que o negro é um “crioulo cheio de complexo”. Isso sem contar quando, em pleno Congresso Nacional, discursou que as mulheres brasileiras trabalham deitadas e descansam em pé.

Comportamento curioso, para não dizer inadequado e contraditório, por parte de um homossexual e afrodescendente.

Profissionalmente, seu tipo intempestivo só serviu para fechar as portas das emissoras de TV. Foi demitido por quase todas, sempre após criar caso por onde passou. Vivia evocando Deus e a compaixão quando aparecia na telinha, mas era incapaz de conviver com colegas de trabalho.

Agora olhe para a lente da câmera da verdade e responda: é possível admirar uma pessoa assim? Não. Tampouco elogiar.

Abertura de ‘Caminho das Índias’ clona canal indiano?

Posted: 18 Mar 2009 10:00 AM PDT

Os vídeos abaixo geram uma boa discussão dos limites entre a referência e o plágio. Após ser apontada como mera reprodução de O Clone, a novela Caminho das Índias enfrenta nova polêmica. A abertura do novo folhetim de Gloria Perez é muito semelhante às vinhetas institucionais do canal indiano Sahara One.

Quem aponta as coincidências é André Luiz Sens, em post do blog Televisual.

“O tema indiano não é só a úncia coincidência. A estética, os elementos, a composição caleidoscópica e os movimentos são muito semelhantes. No caso das vinhetas indianas, podemos notar, no entanto, um acabamento mais apurado e mais orgânico. No caso da versão brasileira, a música e as cores definitivamente são mais alegres. Independente das semelhanças, o importante é que a vinheta da Rede Globo se encaixou muito bem com o clima e o conceito da novela. Afinal, sabe-se muito bem que uma mesma solução pode ser a aplicada a coisas diferentes. Mas acredito que a Belief Design, produtora criadora das peças indianas, não deve ter levado o crédito por isso.”

Esta não é a primeira vez que uma novela da Globo levanta uma discussão sobre plágio e referência. Em 2007, a abertura de Sete Pecados foi considerada uma cópia descarada dos comerciais da loja de móveis Ikea.

Imitação, inspiração ou apenas uma coincidência?

(Link do primeiro vídeo para os leitores que recebem os posts por e-mail)

(Link do segundo vídeo para os leitores que recebem os posts por e-mail)

‘Toma Lá Dá Cá’ adota formato das séries norte-americanas

Posted: 18 Mar 2009 07:00 AM PDT

A temporada 2009 de Toma Lá Dá Cá, que estréia em abril, será mais curta. Estão previstos apenas 23 episódios.

Com isso, a atração da Globo adota o formato norte-americano. Por lá, as séries costumam ter pouco mais de 20 capítulos a cada temporada. A duração mais curta será a regra em diversas atrações do gênero previstas para estrear neste ano, como Força Tarefa, Aline e Tudo Novo de Novo. Por enquanto, apenas A Grande Família não adotará o formato.

Além da temporada mais curta, Toma Lá Dá Cá terá outras novidades neste ano. A primeira é a saída de Seu Ladir (Ítalo Rossi). Ele viajará para o Marrocos e fará uma operação de mudança de sexo, se transformando em Dirla.

Para preencher a vaga, um novo personagem aparece no Jambalaya. O ator Miguel Magno será a doutora Perci, uma psiquiatra nada saudável: diabética, hipertensa e totalmente desequilibrada emocionalmente.

Outra novidade da nova temporada de Toma Lá Dá Cá será o destaque dado à crise financeira mundial. A turbulência econômica atingirá em cheio os personagens. Sem dinheiro para a manutenção do prédio, infiltrações e goteiras ficarão à mostra, principalmente no apartamento da já desleixada Rita (Marisa Orth). Além disso, Isadora (Fernanda de Souza) voltará à política como uma forma de levar dinheiro para casa.

‘Viver a Vida’ terá Helena negra, crise financeira e anorexia

Posted: 17 Mar 2009 08:00 PM PDT

Taís Araújo será a próxima Helena, protagonista de Viver a Vida, novela de Manoel Carlos que substituirá Caminho das Índias em setembro deste ano. É a primeira vez que a tradicional personagem do autor será negra e jovem.

“É tudo que uma atriz quer. Brincava dizendo que um dia seria uma Helena do Maneco, nem acredito que isso virou realidade”, afirmou Taís Araújo para a colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo. “É a primeira Helena da minha idade. As outras sempre foram mais velhas. Estou muito feliz.”

Com apenas 30 anos, Taís Araújo é um fenômeno na televisão. Estreou na telinha como personagem principal da novela Xica da Silva, da extinta Manchete. Interpretando Preta de Sousa, em Da Cor do Pecado, foi a primeira negra a protagonizar uma novela da Globo.

“Desde o ano passado, eu queria a Taís. Mas ela ia ficar até junho estudando na França. Para a minha felicidade, ela aceitou voltar ao Brasil para fazer o papel”, disse Manoel Carlos para a coluna Zapping, do jornal Agora São Paulo.

A Helena interpretada por Taís Araújo será uma modelo internacional que se casa com um homem 30 anos mais velho (José Mayer) e, aos poucos, vai deixando a carreira.

Viver a Vida também foi o título de uma minissérie escrita pelo autor e exibida na Manchete em 1984. No entanto, Manoel Carlos garante que a nova produção não terá nenhuma relação com a antiga. A nova novela promete abordar dois temas atuais: a crise financeira mundial e a anorexia alcoólica, que atinge principalmente mulheres jovens. Elas substituem alimentos por bebidas, com controle de calorias, o que pode levar ao alcoolismo.

Grazi Massafera, Natália do Valle, Mateus Solano, Thiago Lacerda, Alinne Moraes, Lilia Cabral, Fernanda Vasconcellos, Maria Luiza Mendonça e Daniele Suzuki também estão garantidos no elenco de Viver a Vida. A novela já está em pré-produção. O diretor Jayme Monjardim viajou à Jordânia, à Israel e à Antártida em busca de locações.

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