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- Navegador GPS com a voz de Homer Simpson
- ‘FlashForward’ quer substituir ‘Lost’ como fenômeno mundial
- Novelas podem afetar estilo de vida dos brasileiros
Navegador GPS com a voz de Homer Simpson Posted: 18 Jun 2009 11:00 AM PDT Os motoristas australianos podem contar com Homer Simpson para não se perderem pelas ruas das principais cidades do país. O patriarca d’Os Simpsons emprestou sua voz para os navegadores GPS da marca TomTom. Para ter a voz de Homer Simpson, é necessário comprar uma atualização para o navegador GPS, que custa cerca de R$ 27. Ouça algumas frases ditas pelo patriarca d’Os Simpsons: “Woohoo! Você chegou ao local desejado. Pode levantar sua cabeça, pois você é um gênio!”, comemora Homer Simpson ao final de um trajeto. “Ao final da rua, vire a esquerda e depois pegue a estrada. Woohoo!” Além do patriarca d’Os Simpsons, a TomTom oferece navegadores GPS com as vozes de John Cleese (Monty Python), Mr. T (Esquadrão Classe A), Kim Cattrall (Sex and the City), Burt Reynolds, Dennis Hopper e do jogador de beisebol Curt Schilling. This posting includes an audio/video/photo media file: Download Now |
‘FlashForward’ quer substituir ‘Lost’ como fenômeno mundial Posted: 18 Jun 2009 07:00 AM PDT Este é o trailer mais recente, completo e legendado de FlashForward, que estréia no segundo semestre deste ano nos Estados Unidos. As imagens são impressionantes e intrigantes. Ou estamos diante do clássico caso que a prévia é melhor do que a atração em si, ou próximos de assistir a um enorme sucesso. Em entrevista para a imprensa norte-americana, os produtores executivos David S. Goyer e Marc Guggenheim falaram sobre os bastidores de FlashForward. Eles não confirmaram os rumores sobre a participação de Dominic Monaghan, o falecido Charlie de Lost. Mas fizeram uma revelação muito bacana: Seth MacFarlane, criador de Uma Família da Pesada e American Dad, terá um papel fixo na série. Sonya Walger (a bela Penny Widmore, de Lost), John Cho (Hikaru Sulu, da nova versão de Star Trek), Jack Davenport (da sensacional Coupling) e Courtney B. Vance (Law & Order: Criminal Intent) também estão no elenco de FlashForward. A série começa com um estranho acontecimento. Todos os habitantes do planeta desmaiam por dois minutos e 17 segundos. Alguns acordam. Outros não, pois milhões de pessoas morrem em quedas de aviões, colisões de automóveis, afogamentos, cirurgias interrompidas etc. Os sobreviventes relatam uma estranha experiência: vivenciaram momentos de suas vidas às 22h do dia 29 de abril de 2010. Perturbado com sua visão do futuro, Mark Banford (Joseph Fiennes, de Shakespeare Apaixonado), um agente do FBI, ex-alcóolatra, se dedica a descobrir a origem do fenômeno. Quem já viu o episódio piloto de FlashForward garante que a série substituirá Lost, que termina em 2010, como fenômeno mundial. Será? |
Novelas podem afetar estilo de vida dos brasileiros Posted: 17 Jun 2009 08:00 PM PDT Por Joshua Partlow, do Washington Post. As questões começam logo que os primeiros clientes da tarde chegam ao restaurante de Malik Jamil, no Rio de Janeiro. “Por que os indianos sempre sacodem a cabeça assim?", pergunta Sandra Maria Carvalho, movendo a sua de um lado para o outro. Jamil resmunga. Perguntas sobre a Índia são infinitas nestes dias. “A Índia ainda tem um sistema de castas? Elefantes passeiam pelas ruas?” Ele sabe o motivo das questões. “Assistimos a Caminho das Índias“, diz o marido de Sandra, Paulo, se referindo a uma novela popular no Brasil. “Todos estão curiosos.” Novelas sempre criaram moda no Brasil. Depois de O Clone, atração ambientada no Brasil e no Marrocos, exibida em 2001, a dança do ventre virou mania. As mulheres brasileiras começaram a usar flores amarelas nos cabelos após uma personagem aparecer assim em Quatro por Quatro, de 1994. Caminho das Índias, sucesso do horário nobre neste ano, tornou os costumes indianos populares. No Brasil, um país que só perde para a Inglaterra quando o assunto é o interesse pela televisão, as novelas têm um enorme poder sobre o estilo de vida. “As novelas se tornaram parte do tecido social brasileiro”, afirma Antonio La Pastina, professor da Texas A&M University, que estuda a influência da programação na sociedade brasileira. “É difícil pensar no Brasil contemporâneo sem pensar nas novelas.” Novo estilo de vida O Banco Interamericano de Desenvolvimento publicou, em 2008, dois estudos que encontraram uma ligação entre o consumo de novelas produzidas pela Globo, a emissora que domina a indústria, ao declínio da fecundidade e às crescentes taxas de divórcio no Brasil. A taxa de fecundidade diminuiu acentuadamente na segunda metade do século passado - de mais de seis filhos por família, em 1960, para cerca de dois, em 2000. Esta queda é comparável a da China, mas sem qualquer medida governamental de planejamento familiar. Os estudiosos descobriram que as áreas cobertas pelo sinal da Globo apresentaram menores taxas de fecundidade e que os pais estavam mais propensos a dar o nome de personagens famosos aos seus filhos. Os estudos mostram que as novelas celebram uma determinada concepção de família. Uma análise de 115 novelas da Globo exibidas entre 1965 e 1999 mostrou que 72% das principais personagens femininas não tinham filhos e 21% tinham apenas uma criança. As novelas retratam a “família classe média e classe média alta, pequena, bonita, branca, saudável, urbana e consumista”, revelam os estudos. “As novelas são um poderoso meio pelo qual a pequena família é idealizada.” O estudo da influência das novelas na sociedade tem uma longa história acadêmica no Brasil. Em 1989, o sociólogo Vilmar Evangelista Faria foi o primeiro a observar que a televisão tinha seu papel no declínio da fecundidade no país. Mas este era apenas um aspecto interessante da transformação do Brasil em uma sociedade urbana e industrializada. As mulheres passaram a desempenhar um papel maior na força de trabalho. Além disso, melhorias no sistema de saúde e na assistência social fizeram com que ter muitos filhos não fosse necessário. A televisão refletiu essas alterações. “Gravidez. Parto. Crianças sempre foram associadas com drama e dores de cabeça”, conta La Pastina. “Você tinha essa representação diária: se você quiser ser urbano, moderno e classe média, as crianças não são boa coisa.” Implorando por diferenciação Diretores da Globo negam que suas atrações têm influência suficiente para mudar o comportamento de toda uma população. “Sabemos da seriedade do trabalho deles (os pesquisadores), mas há um erro fundamental”, avalia Luis Erlanger, diretor de comunicação da Globo. “Imaginar que as pessoas seguem tudo aquilo o que a novela mostra diminui a capacidade de livre arbítrio. Chega a ser antidemocrático.” A Globo começou a exportar suas novelas em 1973. Atualmente, vende programas dublados em 40 idiomas para 100 países. A emissora também tira proveito da crescente comunidade latina nos Estados Unidos. Fechou acordo com canais como o Telemundo, da NBC Universal, para produzir versões de suas novelas. “O mercado norte-americano é nosso sonho", afirma Ricardo Scalamandré, diretor de negócios internacionais da Globo. Estudiosos dizem que as novelas da Globo têm grande papel na formação de opinião no Brasil pois, durante muitos anos, elas foram uma das poucas formas gratuitas de entretenimento disponível para as massas. “É absolutamente inquestionável que as novelas têm um grande impacto na vida das pessoas. Elas prestam atenção”, avalia Joseph Potter, sociólogo da Universidade do Texas que estudou a relação entre fecundidade e televisão no Brasil. “Não é uma sociedade alfabetizada. Não é um lugar onde existem livros e jornais para 90% da população. A televisão preenche esse espaço.” Refúgio de artistas A Globo entrou no ar em abril de 1965, um ano após os militares tomarem o poder em um golpe. O governo militar durou mais de duas décadas e a comunidade artística sofreu sob o regime autoritário. A televisão e, em particular, as novelas surgiram como um ambiente seguro para para a produção criativa, um lugar onde os atores, atrizes e autores mais talentosos do país puderam explorar questões políticas. “Os autores foram muito importantes no processo de desenvolvimento da novela. Eram intelectuais que escreviam para o teatro e para o cinema. Alguns tinham relações com a esquerda, com o Partido Comunista, então eles não tinham muitas opções de trabalho”, conta Esther Hamburger, professora da Universidade de São Paulo. As novelas da Globo seguem um rígido formato há anos. São mais de 100 horas de duração, com capítulos exibidos seis dias por semana. A história tem começo, meio e fim. Quatro novelas são exibidas pela emissora, em diferentes horários. A mais popular é a “novela das oito”, que começa às 21h. Assim como as novelas norte-americanas, chamadas de soap operas, Caminho das Índias tem sua quota de sussurros, portas batidas, amores impossíveis e músicas melodramáticas, além de falas como “ele está morto para mim”. As questões sociais em debate são as mudanças tecnológicas e a globalização (jovens apaixonados conversam pela internet) e distúrbios mentais, com um ator, Bruno Gagliasso, interpretando um esquizofrênico. Durante um surto, ele tapa os ouvidos para silenciar as vozes em sua cabeça, enquanto anda rapidamente no meio da rua, entre os carros. O personagem rendeu debates em outros programas e reportagens sobre saúde mental no Brasil. “É como se a Globo levantasse a bola e outras pessoas começassem a jogar”, diz Gagliasso. Quer publicar seu texto no blog? Você pode contribuir para o Poltrona! Entre em contato pelo e-mail editor@poltrona.tv. As opiniões expressas pelos autores convidados não refletem a opinião do blog ou de seu editor. |
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