Newsletter | De um tweet ao governador José Serra |
De um tweet ao governador José Serra Posted: 19 Mar 2010 09:00 AM PDT Primeira mensagem. “Galera, que tal encher o perfil do @joseserra_ com sugestões para que ele olhe para o problema do @AleRocha? Eu começo.” Logo depois. “@joseserra_ Sr. Governador, o Sr. está a par do problema que o @AleRocha está passando? // Pessoal, RT por favor.” Estes tweets de Rodrigo Teixeira (@rod90) começaram tudo. Sua segunda mensagem, replicada ao longo da última segunda-feira (15/3) por diversos internautas, levou o governador José Serra a se manifestar sobre a liminar que ordena a compra do Iloprost, um vaso dilatador de alto custo para pacientes com hipertensão arterial pulmonar – meu caso, que aguardo um transplante. Designer gráfico e ilustrador, ele mora em São Roque (SP). Abriu mão de São Paulo pela qualidade de vida da família. Chegou a residir alguns meses em Mogi das Cruzes, cidade onde moro. Coincidência surreal. Teixeira acompanha o blog há algum tempo. “Já lia quando era o Poltrona e passei a seguir no Twitter pessoas que te seguiam, bem na época em que o blog passou a ser alerocha.com. Foi quando liguei o nome à pessoa. Curto muito TV e sou viciado em séries. Você sempre tratou desses assuntos sem partir para parte chata, que é a da cobertura de celebridades ou fofocas.” Foi pelo blog e pelo Twitter que Rodrigo soube da hipertensão pulmonar, da fila do transplante e da busca pelo medicamento. Decidiu tweetar para o governador, pois acreditava que bastava alguém com poder tomasse ciência da situação para a solução aparecer. “Muitas vezes, essa pessoa fica tão cercada de assessores, secretários e adjuntos que a informação não chega.” Pai de Francisco, oito anos, Teixeira perdeu o pai durante sua adolescência, em um acidente de automóvel. “Só isso seria o bastante para ter empatia com sua história. Mas esse é um ano sensível para mim, já que meu pai faleceu exatamente com a idade que tenho hoje, 37 anos. Sei exatamente o que é crescer com um buraco na família. Sei o quanto dói.” A repercussão do tweet não o surpreendeu. “As pessoas estão dispostas a ajudar, mas às vezes não passa pela cabeça um caminho. Alguns amigos meus começaram a retweetar a minha mensagem. Então, alguns que eu não conheço também o fizeram.” Teixeira acredita que mobilizações na internet podem trazer bons resultados, mas reconhece que ainda não temos compreensão sobre esta nova ferramenta. “Uma palavrinha de um lado pode chegar com a força de uma bigorna do outro. A internet é uma chave de fenda que a gente ainda não sabe bem como utilizar. Mas, de vez em quando, encontramos o parafuso certo e podemos fazer coisas grandes. ” Porém, o designer não aposta em qualquer ação virtual. “O público consegue saber quando alguém está sendo verdadeiro ou está querendo manipular as pessoas atrás de mais seguidores ou de alguma promoção pra si mesmo.” |
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