CUIDADO: FRÁGIL! Peça da CIA DA FARSA em cartaz no Palácio das Artes
De
SERVIÇO
Quando: De
Onde: Palácio das Artes – Teatro João Ceschiatti – Av. Afonso Pena, 1537 - Centro – Belo Horizonte - ônibus (1030/2101/4111)
Horários: Quinta a Sábado 21h e Domingo 19h
Quanto: R$ 20,00 inteira / R$ 10,00 meia
Duração: 65 minutos
Classificação: Não indicado a menores de 16 anos
Dramaturgia, Encenação, Cenografia e Iluminação: Mauro Júnior
Com: Alex Zanonn, Athos Reis, Elton Monteiro,Marcus Labatti, Sidneia Simões e Simone Caldas
Produção: Cia da Farsa
Informações: (31) 3236-7400
http://www.fcs.mg.gov.br/agenda/default.aspx?IdUnidade=1
www.espetaculocuidadofragil.blogspot.com
O ESPETÁCULO
CUIDADO: FRÁGIL!, o novo espetáculo da Cia da Farsa, com direção de Mauro Júnior, trata de situações extremas, envolvendo personagens baseadas em histórias reais e imaginárias, numa demonstração clara de que a realidade, às vezes, pode superar a ficção.
"Só. Sozinho. Solitário. Solo. Solilóquio. Monólogo interminável numa noite de tempestade interminável."
Guitarrista
Neste trabalho da Cia da Farsa, os textos foram construídos pelo coletivo de atores, com participação dos artistas convidados. Algumas personagens foram criadas a partir de histórias vivenciadas pelos atores. Com uma narrativa fragmentada, a dramaturgia original é contaminada pela intertextualidade, com referências de autores da literatura moderna e contemporânea. "São perfis complexos e absurdos, onde a teatralidade, exacerbada pelas soluções cênicas, faz desse espetáculo um material instigante para o exercício da encenação e para fruição dos nossos futuros espectadores", enfatiza o diretor, que é também responsável pela dramaturgia.
"Ela me dizia com os olhos aguados: "O nosso cão se habituou a comer sobras, minha filha. Eu me habituei a restos de vida."
Mulher
O espetáculo é constituído por cinco solos conduzidos pelos devaneios de uma personagem central. Um guitarrista (Athos Reis), surdo e mudo, que encontra na música sua expressão de desejos e sonhos frustrados. Uma mulher asmática e neurótica (Sidneia Simões), que sofre violência doméstica, mas que vê de maneira excessivamente divertida a vida e tudo que a cerca. Um travesti (Alex Zanonn) que usa a condição de travestido para se esconder do mundo e que perde sua identidade quando o dia nasce. Uma menina (Marcus Labatti) que, vítima de exploração sexual, tem sua infância interrompida por uma gravidez inesperada. Um ser vadio (Elton Monteiro) que é invisível aos olhos dos "gigantes" e que sofre por ser vegetariano. Um feto (Simone Caldas) que, prestes a ser abortado, canta canções de ninar para sua mãe dormir. Segundo o diretor, "trata-se de perfis absurdos, mas que foram criados para nos dizer quão próximos somos deles".
"Meu pai sempre dizia que o sofrimento melhora o homem, desenvolvendo seu espírito e aprimorando sua sensibilidade"
Travesti
O produtor executivo Alexandre Toledo, também integrante e diretor dos outros espetáculos da Cia da Farsa, conta que, no final de 2009, começaram as reuniões para a nova montagem. A última peça, "Auto da Compadecida", tinha apresentado bons resultados, incluindo o 6º Prêmio Usiminas-Sinparc de melhor espetáculo de 2008. Esta era a segunda incursão do grupo no universo de Ariano Suassuna. A primeira experiência foi em 2003, com a "Farsa da Boa Preguiça". E agora? Seria o momento de concluir a trilogia de Suassuna? No entanto, esse projeto ficou para o futuro.
"Decidimos, inicialmente, investir em um trabalho colaborativo, envolvendo pesquisa, diálogo, negociação. Recortamos, entre a gama de opções, o tema da violência do mundo atual", relata o produtor. A ideia era usar uma linguagem mais contemporânea, a exemplo da experiência da Cia da Farsa com o espetáculo "Retrato Falado", da autora Teresa Frota, marcado pela incomunicabilidade, solidão e violência.
Os integrantes da Cia da Farsa começaram a pesquisar notícias dos jornais, a ler autores consagrados da literatura e a narrar suas próprias histórias.
"Abrir o nariz e encher o meu peito de ar ou de luar, não posso saber ao certo, porque a minha noite não é chuvosa, mas é uma mistura de brisa e claridade"
Vadio
Surgiu a perspectiva de abordagem da violência contra a mulher. Foi sugerido o nome "Dolor(es)", substituído depois por "Cuidado: Frágil!". Eram muitas ideias efervescentes que ganharam o tom do diretor convidado, Mauro Júnior, que trouxe novas propostas, renovadas a cada encontro. Assim, foi sendo concebido o espetáculo. A dramaturgia, direção, cenografia, iluminação, adereços, voz em off e trilha sonora pesquisada foram assumidas por Mauro Júnior.
"Heróis, anti-heróis ou vilões de si mesmos? Cuidado: Frágil! É uma nuvem que carrega seus envolvidos e espectadores num vôo sobre nós mesmos.Talvez do alto tenhamos a sensação da real vertigem que é simplesmente existir"
Mauro Júnior
FICHA TÉCNICA
direção, dramaturgia final, iluminação,
Mauro Júnior
textos
Alex Zanonn, Anderson Feliciano, Anderson Vieira, Athos Reis, Elton Monteiro, Lao Borges, Marcus Labatti, Mauro Júnior e Sidneia Simões
intertextualidade com
Caio Fernando Abreu, Conceição Evaristo, Luiz Ruffato, Mia Couto, Miguel Torga, Raduan Nassar, Samuel Beckett e com o diário de uma menina.
atuação
Alex Zanonn, Athos Reis, Elton Monteiro, Marcus Labatti, Sidneia Simões e Simone Caldas
realização
Cia da Farsa
Contato
(31) 9973-1594 / toledoalexandre@hotmail.com
PRODUTOR EXECUTIVO: ALEXANDRE TOLEDO
(31) 9301-1732 / maurojpjunior@hotmail.com
DIRETOR: MAURO JÚNIOR
Veja mais fotos, vídeos e matérias do espetáculo em:
www.espetaculocuidadofragil.blogspot.com
www.companhiadafarsa.blogspot.com
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