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CUIDADO: FRÁGIL! Peça da CIA DA FARSA em cartaz no Palácio das Artes
De 9 a 12/9, a peça estará em cartaz na Sala João Ceschiatti
ÚLTIMA SEMANA!
TEMPORADA DE 2 A 12 DE SETEMBRO DE 2010
PALÁCIO DAS ARTES – SALA JOÃO CESCHIATTI
ENDEREÇO: AVENIDA AFONSO PENA, 1.537, CENTRO
TELEFONE (31) 3236 7360
DE QUINTA A SÁBADO 21H
DOMINGO 19H
RESUMO: A peça, com dramaturgia original, trata de situações extremas, envolvendo personagens baseadas em histórias reais e imaginárias, numa demonstração clara de que a realidade, às vezes, pode superar a ficção.
INGRESSOS: R$ 20, (INTEIRA) E R$ 10, (MEIA).
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 16 ANOS.
Depois do sucesso da estreia, volta em cartaz o espetáculo CUIDADO: FRÁGIL!, da Cia da Farsa, com direção de Mauro Júnior. A peça trata de situações extremas, envolvendo personagens baseadas em histórias reais e imaginárias, numa demonstração clara de que a realidade, às vezes, pode superar a ficção. A peça, que tem dramaturgia original, estará em cartaz a partir da próxima quinta-feira, dia 9/9, até 12/9, na Sala João Ceschiatti, no Palácio das Artes – avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, telefone (31) 3236 7360. De quinta a domingo, as apresentações serão às 21 horas, e no domingo, às 19 horas, com ingressos a R$ 20, (inteira) e R$ 10, (meia). Classificação etária: 16 anos.
Neste trabalho da Cia da Farsa, os textos foram construídos pelo coletivo de atores, com participação dos artistas convidados. Algumas personagens foram criadas a partir de histórias vivenciadas pelos atores. Com uma narrativa fragmentada, a dramaturgia original é contaminada pela intertextualidade, com referências de autores da literatura moderna e contemporânea. "São perfis complexos e absurdos, onde a teatralidade, exacerbada pelas soluções cênicas, faz desse espetáculo um material instigante para o exercício da encenação e para fruição dos nossos futuros espectadores", enfatiza o diretor, que é também responsável pela dramaturgia.
O espetáculo é constituído por cinco solos conduzidos pelos devaneios de uma personagem central. Um guitarrista (Athos Reis), surdo e mudo, que encontra na música sua expressão de desejos e sonhos frustrados. Uma mulher asmática e neurótica (Sidneia Simões), que sofre violência doméstica, mas que vê de maneira excessivamente divertida a vida e tudo que a cerca. Um travesti (Alex Zanonn) que usa a condição de travestido para se esconder do mundo e que perde sua identidade quando o dia nasce. Uma menina (Marcus Labatti) que, vítima de exploração sexual, tem sua infância interrompida por uma gravidez inesperada. Um ser vadio (Elton Monteiro) que é invisível aos olhos dos "gigantes" e que sofre por ser vegetariano. Um feto (Simone Caldas) que, prestes a ser abortado, canta canções de ninar para sua mãe dormir. Segundo o diretor, "trata-se de perfis absurdos, mas que foram criados para nos dizer quão próximos somos deles".
A servidora pública Caroline de Melo Lopes assistiu ao espetáculo e decidiu registrar suas reflexões: "Tudo se perde com um fragmento de kryptonita. Somos frágeis. Kal-el, o super, não podia com uma lasquinha do elemento que minava seus poderes. E os nossos poderes? Já parou para pensar qual é a sua kryptonita? O que o torna frágil? O que diminui sua força? Ou quem tem diminuído sua força?". No final, ela parabeniza a equipe "pelo texto, pela montagem harmoniosa, pela sensibilidade. Bela trilha sonora, bela iluminação, bela possibilidade de reflexão". Para ler o texto na íntegra, acesse www.espetaculocuidadofragil.blogspot.com
Montagem
O produtor executivo Alexandre Toledo, também integrante e diretor dos outros espetáculos da Cia da Farsa, conta que, no final de 2009, começaram as reuniões para a nova montagem. A última peça, "Auto da Compadecida", tinha apresentado bons resultados, incluindo o 6º Prêmio Usiminas-Sinparc de melhor espetáculo de 2008. Esta era a segunda incursão do grupo no universo de Ariano Suassuna. A primeira experiência foi em 2003, com a "Farsa da Boa Preguiça". E agora? Seria o momento de concluir a trilogia de Suassuna? No entanto, esse projeto ficou para o futuro.
"Decidimos, inicialmente, investir em um trabalho colaborativo, envolvendo pesquisa, diálogo, negociação. Recortamos, entre a gama de opções, o tema da violência do mundo atual", relata o produtor. A ideia era usar uma linguagem mais contemporânea, a exemplo da experiência da Cia da Farsa com o espetáculo "Retrato Falado", da autora Teresa Frota, marcado pela incomunicabilidade, solidão e violência.
Os integrantes da Cia da Farsa começaram a pesquisar notícias dos jornais, a ler autores consagrados da literatura e a narrar suas próprias histórias.
Surgiu a perspectiva de abordagem da violência contra a mulher. Foi sugerido o nome "Dolor(es)", substituído depois por "Cuidado: Frágil!". Eram muitas ideias efervescentes que ganharam o tom do diretor convidado, Mauro Júnior, que trouxe novas propostas, renovadas a cada encontro. Assim, foi sendo concebido o espetáculo. A direção, dramaturgia e iluminação foram assumidas por Mauro Júnior.
Duração: 70 minutos
A CIA DA FARSA
Desde sua formação, a Cia da Farsa tem se esforçado em apresentar ao público espetáculos de qualidade, baseados no binômio texto/trabalho de ator. Essa trajetória inclui duas montagens infantis de textos de Maria Clara Machado: "Tribobó City" (2002) e "Aprendiz de Feiticeiro" (2009). O primeiro recebeu um total de 10 indicações para os prêmios Sesc/Sated e Bonsucesso/Sinparc, rendendo indicações para quatro atores do grupo; o segundo recebeu duas indicações para o prêmio Usiminas/Sinparc, sendo uma delas para melhor ator coadjuvante.
"Farsa da Boa Preguiça" (2003), texto de Ariano Suassuna, recebeu sete prêmios em Florianópolis e em Belo Horizonte, quatro deles para os atores.
"O Contrabaixo", espetáculo baseado na obra de Patrick Süskind, deu ao protagonista, Alexandre Toledo, o prêmio Usiminas/Sinparc de melhor ator de 2005, além de outras cinco indicações, incluindo a de melhor espetáculo.
O espetáculo "Retrato Falado" (2005), de Teresa Frota, é também outra montagem da Cia da Farsa, que possibilitou a cada ator interpretar várias personagens.
"Auto da Compadecida" ganhou o 6º Prêmio Usiminas-Sinparc como melhor espetáculo de 2008, além de melhor trilha original (Leri Faria) e figurino (Alexandre Colla). No Prêmio Sesc-Sated, em sua 14ª edição, a peça foi também vencedora nas categorias trilha sonora e figurino, bem como de melhor ator comediante para Dudu Guimarães, que faz o papel de Chicó. Os espetáculos, exceto "O Contrabaixo", foram dirigidos por Alexandre Toledo.
FICHA TÉCNICA
Direção, dramaturgia, iluminação _
MAURO JÚNIOR
Textos _
ALEX ZANONN, ANDERSON FELICIANO, ANDERSON VIEIRA, ATHOS REIS, ELTON MONTEIRO, LAO BORGES, MARCUS LABATTI, MAURO JÚNIOR e SIDNEIA SIMÕES
intertextualidade com_
CAIO FERNANDO ABREU, CONCEIÇÃO EVARISTO, LUIZ RUFFATO, MIA COUTO, MIGUEL TORGA, RADUAN NASSAR, SAMUEL BECKETT e com o DIÁRIO DE UMA MENINA.
atuação_
ALEX ZANONN, ATHOS REIS, ELTON MONTEIRO, MARCUS LABATTI, SIDNEIA SIMÕES e SIMONE CALDAS
figurino_
FERNANDA BORCSIK
maquiagem_
MÁRCIA CARVALHO
edição de áudio_
DANIEL LOPES
projeto gráfico_
ALEX ZANONN
costureira_
ELIANA LABATTI SERPA
produção executiva_
ALEXANDRE TOLEDO, ANDERSON VIEIRA e MARCUS LABATTI
realização_
CIA DA FARSA
Contato para entrevistas:
(31) 9973-1594 / toledoalexandre@hotmail.com
PRODUTOR EXECUTIVO: ALEXANDRE TOLEDO
(31) 9301-1732 / maurojpjunior@hotmail.com
DIRETOR: MAURO JÚNIOR
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