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- Esclarecimento e agradecimento
- Boardwalk Empire: mafiosos expõem a crise de identidade masculina
- Passione: segredo de Gerson não é algo ilegal
- Modern Family: entre gargalhadas e lágrimas
Esclarecimento e agradecimento Posted: 09 Nov 2010 06:00 PM PST “Com as participações no Hoje em Dia, você virou estrela. Ou só fala de A Fazenda, ou deixa o blog às moscas.” Tenho ouvido isso com frequência. Quer saber? Há uma boa dose de verdade nisso. Não, não virei estrela, que fique bem claro. Sou o mesmo Ale Rocha de sempre. Se um dia me encontrar na rua e não te reconhecer, lembre-se: sou míope e meus óculos quebraram, não sou metido! Contudo, não posso negar as afirmações sobre A Fazenda e o blog. Tenho respirado o reality show da Record por quase 24 horas diárias. O pouco tempo que me resta dedico a uma coisa rara nesses dias, a tal da vida social. A outra parte, sigo firme com minhas séries favoritas (Blue Bloods, Boardwalk Empire, Glee, Modern Family e Sons of Anarchy). Tem também a coluna semanal para o Yahoo! Eu adoro, mas saiba que toma tempo e causa preocupação. É uma responsabilidade enorme. Recentemente, soube dos editores do portal que sou o colunista mais lido. Entre tantas feras e nomes consagrados como Régis Tadeu, Xico Sá e Andreas Kisser, entre outros, consegui meu espaço e hoje sou um dos nomes da internet quanto o assunto é televisão. De qualquer forma, tenho estado mais ativo no Twitter (@alerocha). Sei que nem todos têm acesso ao serviço, por isso é um erro ficar apenas lá e não aparecer por aqui, admito. Muitas notícias acabaram sendo publicadas em primeira mão por lá, não no Poltrona. Já estou corrigindo isso. Estre as novidades que preparo está um novo layout para o blog, muito parecido com o atual, mas adaptado às novas necessidades do mercado e – principalmente – dos leitores. Peço apenas um pouco de paciência. Novembro, mês de meu aniversário, está sendo corrido. Dezembro promete ser mais tranquilo – mas logo em janeiro recomeça a correria, com um projeto sensacional que tem tudo para dar certo e repercutir entre os internautas fãs de televisão! Sou eternamente grato ao Poltrona. Não só pela projeção profissional, mas sobretudo pela força em um momento difícil, quando recebi o diagnóstico de uma doença rara, sem cura e faltal que acabou me levando para a fila do transplante pulmonar. Porém, o grande presente do Poltrona foi a conquista de amizades. Conheci muita gente a quem serei eternamente grato por estar ao meu lado nestes quase cinco anos de altos e baixos mas, sobretudo, de caminhar adiante. A você que persiste e me acompanha, muito obrigado. Não vou decepcioná-lo! |
Boardwalk Empire: mafiosos expõem a crise de identidade masculina Posted: 07 Nov 2010 06:00 PM PST Michael Pitt e Steve Buscemi roubam a cena em Boardwalk Empire. Boardwalk Empire já seria suficientemente obrigatória pela criação de Terence Winter (Família Soprano), a produção de Martin Scorsese (Os Bons Companheiros e Os Infiltrados) e a excepcional abertura ao som de Straight Up and Down, da psicodélica The Brian Jonestown Massacre. A série, em exibição atualmente no Brasil pelo canal pago HBO (domingos, 21h), mostra a trajetória de Enoch Thompson (Steve Buscemi). Nucky, como prefere ser chamado, usou sua influência política junto ao Partido Republicano para comandar a jogatina, a prostituição e, principalmente, o contrabando de bebida em Atlantic City durante a vigência da Lei Seca (1920-1933). O grande trunfo de Boardwalk Empire não está apenas sua reconstituição de época primorosa. A série aposta na desconstrução do mafioso como um sujeito durão e inabalável. Esqueça os homens impetuosos e sem qualquer gota de compaixão, capazes de externar emoções apenas pelas balas de pistolas e metralhadoras. Mesmo ambientada há quase um século, Boardwalk Empire expõe em detalhes a atual crise de identidade masculina. Família Soprano foi uma das primeiras séries a abordar o tema. Quando Anthony Soprano (James Gandolfini) entrou no consultório da psicóloga Jennifer Melfi (Lorraine Bracco), ele representou os homens que perderam o rumo desde a revolução sexual dos anos 1960. Agora, Tony Soprano tem a companhia de um colega de profissão da década de 1920. Nucky é um mafioso truculento como tantos outros vistos na televisão e no cinema. Obcecado em transformar Atlantic City em um pólo turístico, ele assassina desafetos, suborna políticos e cobra pela segurança dos comerciantes locais. Para a sociedade, no entanto, mantém a pose de bom samaritano, apoiando o voto feminino e instituições que cuidam de bebês prematuros. Contudo, Nucky não mantém o sangue frio durante todo o tempo. O criador de Boardwalk Empire, Terence Winter, o homem que nos deu Família Soprano, faz questão de focar todas as nuances do mafioso, um homem capaz de ternura e corrupção ao mesmo tempo. * Leia a íntegra de minha coluna semanal no Yahoo! Notícias – Opinião. |
Passione: segredo de Gerson não é algo ilegal Posted: 31 Oct 2010 07:00 PM PDT Interferência dos interesses comerciais sobre a trama é preocupante. Afinal, qual o segredo de Gerson Gouveia (Marcello Antony) em Passione? O autor Silvio de Abreu guarda a informação a sete chaves. Na internet, telespectadores apostam nas possibilidades mais escabrosas, de pedofilia a zoofilia. Afinal, apenas algo chocante justificaria a reação de Diana (Carolina Dieckmann), que ficou atônita quando acessou o computador do ex-marido. Ou a chantagem de Saulo (Werner Schünemann) antes de ser assassinado. No entanto, é nula a probabilidade de Gerson guardar um segredo que horrorize a audiência. Porém, dessa vez não se trata do pesado filtro moral dos autores que tanto critico nas novelas brasileiras. Quem definiu o destino do personagem foi um acordo comercial. Segundo informação divulgada pela Folha de S. Paulo há algumas semanas, o que Gerson faz de tão misterioso no computador “não é algo ilegal, é tratável e é algo do cotidiano”. Ele terminará Passione como um vencedor. Tudo isso foi garantido pela Globo à Goodyear, que patrocina o personagem. “Não teria como a Goodyear ajudar em algo ilegal. A única ação nesse caso seria tirarmos o patrocínio, mas isso [aparecer assim na trama] não teria sentido para nós. Sabemos que é tratável e que é uma coisa do cotidiano”, declarou Rui Moreira, diretor de marketing da empresa, ao jornal. “A gente tem um acordo com a Globo de que não pode ser nada negativo para a marca, que não é relacionado a crime e é algo que tem tratamento.” Da forma como existe atualmente, o comercial acabará em breve. O mercado publicitário já busca alternativas para o tradicional intervalo. Uma das possibilidades é o merchandising. Além de atraente para os anunciantes, a prática é extremamente rentável para as emissoras. Um anúncio de 30 segundos no intervalo de “Passione” custa, em média, R$ 400 mil. Já o merchandising pode chegar a R$ 1 milhão. Não é segredo para ninguém que vivemos em um país conservador. Diante disso, a preocupação das empresas ao atrelar sua marca a um personagem é legítima. Nenhuma companhia deseja ter seu principal patrimônio nas mãos de alguém odiado pelos telespectadores. Porém, a clara interferência dos interesses comerciais sobre a trama é preocupante. * Leia a íntegra de minha coluna semanal no Yahoo! Notícias – Opinião. |
Modern Family: entre gargalhadas e lágrimas Posted: 10 Oct 2010 08:00 PM PDT Você não é um verdadeiro fã de séries se ainda não assistiu à Modern Family. Uma das melhores comédias dos últimos anos, a sitcom estreou em 2009 nos Estados Unidos. A segunda temporada, ainda oficialmente inédita no Brasil, está em exibição por lá desde o final de setembro . Modern Family aborda com humor as intrincadas relações familiares. No entanto, a série não me conquistou apenas pelas boas gargalhadas. A atração provocou simpatia imediata pelos personagens cativantes interpretados por um elenco afiado e, sobretudo, pelo roteiro esperto capaz de tratar com leveza e surpreendente força poética o conturbado relacionamento entre pais, filhos, netos, genros, cunhados e outras espécies da fauna familiar. Cada episódio de Modern Family mostra, sem qualquer discurso piegas, o quão importante são os laços de sangue e amor para a formação do ser humano. Situações de puro humor físico são amarradas por momentos contundentes e líricos para mostrar os desafios dessa instituição milenar volta e meia ameaçada pelos tempos modernos. Jay Pritchett (Ed O'Neill) é o patriarca sessentão. Casado pela segunda vez, ele vive com a jovem e sensual colombiana Gloria (Sofía Vergara). Ela também está em seu segundo relacionamento. Do primeiro casamento, Gloria tem um filho, o garoto Manny (Rico Rodriguez), um protótipo de amante latino. A metódica dona de casa Claire (Julie Bowen) é filha de Jay. Ela é casada com Phil (Ty Burrell), um corretor de imóveis falastrão e metido a sabe-tudo. O casal tem três filhos: a adolescente deslumbrada Haley (Sarah Hyland), a pré-adolescente nerd Alex (Ariel Winter) e o abobalhado menino Luke (Nolan Gould). Também metódico, o advogado Mitchell (Jesse Tyler Ferguson) é o segundo filho de Jay. Homossexual assumido, ele vive com Cameron (Eric Stonestreet), um artista frustrado que largou a carreira para cuidar de Lily, bebê vietnamita adotado pelo casal. Os dez personagens tão diferentes entre si permitem que Modern Family arranque boas risadas com situações cotidianas, como uma viagem de férias ou a reunião para a fotografia anual do clã. Não se trata de algo inédito, afinal outras boas atrações do gênero já exploraram a fórmula, como Married… With Children (Um Amor de Família) e Everybody Loves Raymond. O que a torna Modern Family excepcional e muito acima da média é a capacidade dos roteiristas em arrancar lágrimas, seja pelas gargalhadas, seja pelos momentos de ternura. Todos os episódios terminam com uma espécie de lição de moral. Contudo, não espere um discurso melodramático ou conservador. Com leveza, os roteiristas mostram que não há nada mais imperfeito do que uma família – e justamente por isso é tão fascinante fazer parte de uma. * Leia a íntegra de minha coluna semanal no Yahoo! Notícias – Opinião. (Link do vídeo para os assinantes do feed RSS e da newsletter) |
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