A quem interessar. Do Departamento de Projetos e Apoio ao Trabalhador Associado/SATED/MG
Diretor: José de Oliveira Júnior
Estamos vivendo um momento significativo na cidade. Não podemos chamar de "novidade" posto que há vários anos os envolvidos com a área cultural já se mobilizam para obter melhores condições gerais para desenvolverem suas ações. Mas, é oportuno ressaltar que a movimentação é maior nos últimos tempos, por vários motivos.
Acreditamos que é fundamental irmos além da análise somente do momento atual, mas retomar alguns anos de desenvolvimento das políticas culturais na cidade, para efetivamente compreendermos os caminhos que nos levaram até o momento atual. O recorte proposto abrange de 1986 (ano da votação e aprovação da primeira lei de criação de conselho de cultura em BH) até 2011, fazendo um pequeno levantamento geral das condições em 1991, logo após a criação da secretaria municipal de cultura como unidade autônoma, surgida do desmembramento da antiga secretaria municipal de cultura e turismo.
HISTÓRICO GERAL
Primeira lei de criação do conselho municipal de cultura, de 1986 (4346/86 Arutana Cobério):
Criação da secretaria municipal de cultura como unidade autônoma (1989)
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Contextualização 1991
1991 – População: 2.020.161
Percentual destinado para a Cultura no orçamento geral do município 0,70%
Legislações e normas gerais aprovadas em 1991
Regulação do horário de funcionamento do comércio em BH (organizou o serviço dos botecos na cidade)
Criação da BHTRANS
Criação da Fundação ZOO-Botânica
Criação do prêmio Cidade de Belo Horizonte de Literatura
Criação do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte, a Conferência Municipal de Saúde, os Conselhos Distritais de Saúde, as Comissões Locais de Saúde e dá outras providências (note-se a estrutura prevista, com o conselho, a conferência, os conselhos locais, o que garante representatividade, capilaridade e maior qualificação das discussões do setor)
Criação da política municipal de arquivos públicos
Obrigatoriedade da inclusão da disciplina Sociologia nos currículos de 2º grau
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal | | ||||
Regiões Administrativas de Belo Horizonte - 1991/2000 | | ||||
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Região Administrativa | IDH | IDH Renda | IDH Idade | IDH Educação | |
Barreiro | 0,730 | 0,647 | 0,704 | 0,839 | |
Centro Sul | 0,868 | 0,945 | 0,764 | 0,895 | |
Leste | 0,787 | 0,764 | 0,739 | 0,859 | |
Nordeste | 0,770 | 0,733 | 0,728 | 0,849 | |
Noroeste | 0,785 | 0,752 | 0,748 | 0,855 | |
Norte | 0,733 | 0,661 | 0,707 | 0,832 | |
Oeste | 0,787 | 0,787 | 0,714 | 0,861 | |
Pampulha | 0,811 | 0,815 | 0,746 | 0,872 | |
Venda Nova | 0,727 | 0,648 | 0,698 | 0,834 | |
Belo Horizonte | 0,791 | 0,779 | 0,727 | 0,866 | |
RMBH | 0,759 | 0,730 | 0,706 | 0,840 | |
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano na RM Belo Horizonte | | ||||
Organização: Ger. Indicadores/SMAPL/SMPL/PBH | | ||||
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Mobilizações por toda a cidade para a construção de alguns centros culturais em comunidades – 1992 (centro cultural lagoa do nado);
Criação do MTG – 1992 [Sociedade Civil];
Criação do FIT-BH (FESTIN edições 1990 e 1992, pelo Grupo Galpão e criação do FIT a partir de 1994);
Criação do Centro de Referência Audiovisual de BH – CRAV – 1992;
Lançamento da Lei Municipal de Incentivo a Cultura de BH – 1993;
Primeiras reuniões para efetivação do decreto de regulamentação;
Criação da Semana Cultural de Belo Horizonte – 1994;
Publicação do I Diagnóstico da área cultural de Belo Horizonte – 1996;
Criação do Festival Internacional de Dança – FID (que depois passou a denominar-se Fórum Internacional de Dança) [Sociedade Civil] – 1996;
Nova sede do Museu Histórico Abílio Barreto – 1998;
Criação do programa Arena da Cultura – 1998;
Criação do Eixo Cultural Rua da Bahia Viva – 1998;
Criação do ECUM – Encontro Mundial de Artes Cênicas – 1998;
Implantação efetiva do mecanismo do Fundo de Projetos Culturais (FPC) na lei municipal de incentivo – 1999;
Criação do Festival Internacional de Quadrinhos – FIQ – 1999;
Criação do Comida di Buteco – 1999;
Criação do Festival Internacional de Teatro de Bonecos – 2000;
Criação do fórum municipal de cultura, ciência e tecnologia – 2001;
Criação do Programa Pensar e Agir com a Cultura [Sociedade Civil] – 2003;
Organização do Festival de Arte Negra – FAN, com periodicidade bianual – 2003;
Criação da Associação Dança Minas [Sociedade Civil] – 2003;
Realização do Fórum Técnico da Assembleia Legislativa de Minas Gerais "Cultura: Política e Financiamento", que discutiu e delineou diretrizes para o financiamento à Cultura em Minas Gerais – 2004;
Instituição do registro de Bens culturais de natureza imaterial em BH – 2004;
Criação do Programa Bolsa Pampulha, de estímulo às Artes Visuais – 2004;
Realização da I Conferência Municipal de Cultura – 2005;
Assinatura do protocolo de intenções entre o Estado de Minas Gerais e o Ministério da Cultura para a criação do Sistema Estadual de Cultura – 2005;
Criação do Fundo Estadual de Cultura, resultado direto da mobilização do Fórum técnico de 2004 na ALMG – 2006;
Oficialização do FIT através de lei municipal – 2008;
Criação da nova lei do conselho municipal de cultura – 2008;
Realização da II Conferência Municipal de Cultura – 2009;
Aprovação do Plano Nacional de Cultura – 2010;
Princípios do Plano nacional de Cultura:
I - liberdade de expressão, criação e fruição;
II - diversidade cultural;
III - respeito aos direitos humanos;
IV - direito de todos à arte e à cultura;
V - direito à informação, à comunicação e à crítica cultural;
VI - direito à memória e às tradições;
VII - responsabilidade socioambiental;
VIII - valorização da cultura como vetor do desenvolvimento sustentável;
IX - democratização das instâncias de formulação das políticas culturais;
X - responsabilidade dos agentes públicos pela implementação das políticas culturais;
XI - colaboração entre agentes públicos e privados para o desenvolvimento da economia da cultura;
XII - participação e controle social na formulação e acompanhamento das políticas culturais.
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