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‘Cocoricó’: Cultura erra ao licenciar produtos do programa Posted: 19 Feb 2010 07:00 AM PST A Cultura pegou pesado ao licenciar os produtos de Cocoricó. Foi do 8 ao 80. Há quatro anos, quando fiquei fã do programa com o nascimento de meu filho, era raro encontrar algo relacionado ao Júlio e à sua turma. Hoje, os personagens entopem as prateleiras das lojas de brinquedos com algumas opções questionáveis. Não vejo nenhum problema em ganhar dinheiro com uma atração de TV, seja ela infantil ou não. Deixo a discussão sobre o estímulo ao consumismo aos educadores. Questiono algumas opções oferecidas, que são totalmente incoerentes com a mensagem passada por Cocoricó. O grande exemplo é a versão do Banco Imobiliário (ou Monopoly para alguns) para a turma da fazenda. O jogo de tabuleiro é conhecido por estimular a especulação financeira, que recentemente quase enterrou o planeta. Para conquistar a partida, é preciso levar os adversários à falência ou bancarrota. Isso é estranho e contraditório para quem acompanha Cocoricó. A atração transmite valores como amizade, solidariedade e preservação da natureza, entre outros. Quem acompanhou os episódios mais recentes, em que Júlio conhece São Paulo, observou o cuidado da produção em mostrar os contrastes com o campo, mas sem condenar a metrópole, reforçando a idéia que é possível viver em harmonia. Quando passei a acompanhar Cocoricó com mais regularidade, sempre comentei com minha esposa que a Cultura não aproveitava o potencial financeiro do programa. Reforço que não vejo nenhum problema em ganhar dinheiro com uma atração de TV. A grana pode ser reinvestida em Cocoricó, já que as dificuldades financeiras da Cultura, uma emissora pública, são conhecidas. Parece que o sucesso da versão teatral de Cocoricó (que obviamente fomos assistir), com duas temporadas e sessões totalmente esgotadas, despertou algumas pessoas. Aí veio a boa bilheteria nos cinemas de Cocoricó – As Aventuras na Cidade. Era para ficar em cartaz apenas aos finais de semana, durante um mês, em poucos cinemas de São Paulo. Acabou rodando o Brasil. Era o que faltava para o licenciamento de brinquedos e produtos de higiene. Livros, quebra-cabeças, bonecos, agarradinhos, DVDs e CDs fazem parte. Agora, uma guitarra do Júlio? Notebook? Minigame? Carro? Existe até um andador, objeto condenado por médicos. Fernando Gomes, a mente genial por trás da criação de Cocoricó, precisa conter a sanha financeira da Cultura. |
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