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Paula Burlamaqui e o falso moralismo da indústria de fofocas Posted: 22 Feb 2010 08:00 AM PST “Não vou pisar na avenida. Estou arrasada”, lamentou Paula Burlamaqui, a Sofia de Cama de Gato, para Patrícia Kogut, colunista de O Globo. Paula Burlamaqui desistiu de assistir ao desfile das campeãs do Carnaval carioca no último sábado (20/2). Namorada do ator Daniel Alvim, ficou constrangida ao ser flagrada beijando um modelo no primeiro dia (14) na Sapucaí. A foto apareceu em diversos jornais, sites, blogs e revistas. Poderia usar aqui os mesmos argumentos que utilizei em minha coluna no Yahoo! para defender Carolina Dieckmann da patrulha politicamente correta. Porém, desta vez, me parece que o caso é mais grave. Paula Burlamaqui traiu seu namorado em um lugar público. Mesmo assim, tem direito à privacidade. Você gostaria de ser perseguido por um camarada com câmera fotográfica enquanto passeia no shopping com seus filhos? Ou ser flagrado quando manda aquele SMS, e-mail ou Messenger cheio de duplo sentido para a colega de trabalho? Creio que não. De qualquer forma, é difícil, dentro da moral vigente na indústria de notícias sobre famosos, argumentar que a traição de Paula Burlamaqui não é notícia. Contudo, acho anti-ético e uma tremenda falta de critério. Existem dezenas de atores e atrizes homossexuais não-assumidos. Galãs insaciáveis e mocinhas frágeis. Repórteres, fotógrafos e outros profissionais de revistas, sites e blogs de fofocas sabem disso. Mandam indiretas em matérias e colunas, mas nunca divulgam às claras. Medo de processo? Não, pois há provas. Há fotos que flagram atores beijando outros homens, atrizes em momentos íntimos com mulheres. Nada disso vaza para o público. Segundo algumas pessoas que cobrem o mundo das celebridades, “para não prejudicar a carreira do ator ou da atriz”. Alguns falam que “se trata da vida pessoal, não cabe divulgação”. Concordo. Mas e o caso de Paula Burlamaqui? E de outras traições de casais heterossexuais? Não sou homofóbico, antes que apontem as flechas para mim. Tenho amigos e familiares gays. Defendo a união civil entre pessoas de mesmo sexo e a adoção de filhos por esses casais. O que não posso defender é a hipocrisia. A falta de critério. Para mim, “pau que bate em Chico, bate em Francisco”. Paula Burlamaqui foi flagrada e jogada na fogueira da inquisição dos que se empanturram com detalhes cotidianos da vida alheia. Basta ver os comentários lamentáveis no Twitter. Se a moral da indústria de notícias sobre famosos permite a exposição de Paula Burlamaqui, por que não um tratamento igualitário? Agradecimento especial às colaborações de @gemaria_SeR, @lilianeferrari e @maxreinert. |
Carolina Dieckmann está certa: jornalista é pobre e ponto Posted: 21 Feb 2010 06:00 PM PST Uma frase bastou para o mundo cair sobre a cabeça de Carolina Dieckmann. “Jornalista é pobre e ponto”, disse a atriz. Mais uma vítima da tediosa turma do politicamente correto, que parece ter como único objetivo eliminar o livre arbítrio das pessoas. Carolina Dieckmann será a mocinha de Passione, novela de Sílvio de Abreu que substituirá Viver a Vida. Ela será Diana, uma estudante de jornalismo que se envolverá com Gerson (Marcello Antony) e com seu melhor amigo, Mauro (Rodrigo Lombardi). Recentemente, durante as gravações de Passione na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP), onde Diana cursa Jornalismo, Carolina Dieckmann conversou com repórteres sobre sua preparação para o papel. Para viver Diana, a atriz acompanhou uma jornalista do Globo Esporte no Rio de Janeiro. Preocupada em imprimir veracidade ao personagem, confessou que há um cuidado especial até mesmo com o figurino. “Vou ter só duas calças jeans”, contou. “Jornalista é pobre e ponto.” A frase gerou enorme repercussão. Se já não bastasse ser apontada por alguns repórteres como antipática, Carolina Dieckmann causou fúria por sua declaração. No meio do tiroteio, a atriz teve que usar seu perfil no Twitter (@cadieckmann) para se defender das acusações. “Gente, eu disse que a minha jornalista é pobre. A Diana, minha personagem, é de família humilde. É batalhadora, guerreira!”, esclareceu. Carolina Dieckmann não deve explicações a ninguém. Sua condenação revela a hipocrisia de boa parte do público que acompanha as notícias de celebridades com mais atenção do que os últimos acontecimentos políticos, econômicos ou culturais. Trecho da Opinião Roxa, publicada às sextas-feiras no Yahoo!. Leia na íntegra. |
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