domingo, 31 de julho de 2011

De Angela Mourão - Conselho Municipal de Cultura - o debate está no ar!

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Ângela Mourão <angelamourao@gmail.com>
Data: 31 de julho de 2011 14:29
Assunto: Conselho Municipal de Cultura - o debate está no ar!

Olá Walmir!
Quero contribuir pro debate porque tenho o privilégio de poder acompanhar mais de perto este processo de eleição do Conselho Municipal de Cultura de Belo Horizonte atualmente. Tenho participado de diversas atividades entre elas reuniões do Movimento Nova Cena, do Fórum Permanente de Cultura, aquelas convocadas pela PBH, manifestações públicas culturais, tenho conhecido novas lideranças, acompanhado o assunto nas redes sociais, etc.. Tenho tido muitas informações e visto os procedimentos desses atores no processo.
Por outro lado, levo em conta que a ditadura já acabou há mais de 30 anos. Observo uma coisa muito importante nesses novos movimentos que é exatamente a descontaminação dos modelos autoritários, próprios de períodos ditatoriais. Tanto o Estado, quanto a sociedade, e a relação entre eles, já não são mais os mesmos..... ufa... ainda bem!!!! Imagina se estivéssemos no mesmo lugar e agindo da mesma forma!!!!
Os conselhos, hoje, fazem parte da gestão pública, uma conquista desses novos tempos pós-ditadura, em que a sociedade não quer mais participar só na eleição. Acha que a administração eleita tem que incorporar em sua gestão quem a escolheu e também a oposição, para poder governar para todos. Os conselhos são instâncias pùblicas, de formulação de diretrizes e de controle público das ações do Estado e dos governos. Há muitas experiências de participação através de conselhos em muitos governos do campo democrático pelo país afora.
Em BH eles começaram a ser criados há décadas. Acho que os primeiros foram o do patrimônio e o da Assistência Social, que, inclusive existem até hoje. O de Assistência é modelo pro Brasil e o do patrimônio, foi responsável por construir uma polìtica de patrimônio pra cidade, e até hoje consegue, mesmo com terríveis pressões dos governos e empresários, segurar um pouco a onda da especulação imobiliária que seria ainda mais devastadora se ele não existisse.
Quanto ao de cultura, você leu o artigo do Marcelo Castilho ontem (30/07) no Estado de Minas? Importante! Ele chama a polìtica municipal de cultura em BH como a política do não. Ele diz que as coisas com esta prefeitura são arrancadas a forceps. Achei boa a metáfora porque o conselho municipal é um desses rebentos, vindo a forceps, embora a gestação de vários anos!!!
A lei de sua criação foi aprovada há 4 anos, já em parto forçado no governo Pimentel e esta administração contribuiu ainda mais pra tentar afogar o bebê! Mas diversos movimentos, e entre eles, com muita força, o Nova Cena, em ação clara de exigir da gestão da Pbh ações de política cultural é que conseguiram, com reuniões, documentos, manifestações, audiências pùblicas, passeatas, etc, que a FMC encaminhasse o processo de implantação do Conselho já no final desta administração.
Por outro lado, no que diz respeito ao encaminhamento operacional do processo, quem tem a obrigação de fazer isto, mesmo às vezes parecendo a contra gosto, e para o que foi muito cobrada por esses movimentos atuantes é a FMC. Não significa com isso que ela esteja conduzindo "a escolha". Mesmo porque a Fundação Municipal de Cultura defendeu, no início do processo, que a eleição fosse como você, Rômulo e as outras 3 entidades representativas da área teatral estão defendendo. O debate foi aberto, através de várias reuniões públicas. A FMC foi derrotada e por isso teve que acatar essa decisão dos movimentos, de convocar e conduzir o processo de eleição de maneira mais ampla e, consequentemente, muito mais trabalhosa. Esses estão entre os motivos a meu ver, porque a FMC defendia que a eleição fosse feita somente entre as entidades representativas: com poucos votos a coisa estaria resolvida!
Acontece que a sociedade hoje, tem novos movimentos, novas formas organizativas, novas lideranças, novas formas de manifestação! Derrubaram o decreto do Prefeito e exigiram a construção de um outro que contemplasse suas reivindicações de participação ampla na escolha do Conselho. Não são adesistas, é o contrário disso, são, aliás, as forças organizadas e atuantes que conseguem exigir de forma mais contundente, ações na polìtica cultural de BH nos idas de hoje.
As entidades podem indicar seus candidatos, convocar seus filiados pra votar, fazer suas assembleias (como estão fazendo inclusive, as entidades representativas do teatro e todos os outros movimentos do teatro e outras áreas artísticas - vejo convocações todos os dias pela internet) podem defender suas posições e, se estiverem em consonância com seus filiados, terão uma participação significativa!
Mas, felizmente, Walmir, podemos abrir nossos olhos e ver que o mundo caminha, o tempo caminha, novas pessoas surgem, novas formas de organização diferentes das nossas aparecem como aconteceu há décadas atrás quando novas lideranças surgiram naquele momento e conduziram tão bem as lutas e nos fizeram ir pra frente!
Recentemente tomei um banho na praia de Belo Horizonte e me senti renovada por essas novas águas! 
Por fim, quero dizer que é inerente ao campo político democrático a disputa de opiniões, posições e territórios. Acho que temos que respeitar todos os participantes e suas posições, participar das disputas e aceitar ganhar ou perder. O fundamental é respeitar as posições diferentes das nossas. Como já há três décadas não estamos mais naquela situação maniqueísta - o bem contra o mal -  e o leque de posições dignas e justas se ampliou, não podemos exigir determinada posição de ninguém. Ainda mais de artista e militante como é a Cida. Olha só: a Cida está em cena neste momento, neste lugar. Como a sua posição contribui para que eu possa entender os tempos de hoje? Também as entidades representativas do teatro me fazem pensar: o  que elas estão defendendo? De que lugar falam?
Um abraço amigo e militante,
Angela
 
 

 
Em 29 de julho de 2011 12:17, Walmir José Ferreira de Carvalho <walmir.carvalho@hotmail.com> escreveu:
Prezados companheiros,
não participarei da eleição deste Conselho.
Considero que a prefeitura não tem competência nem direito de convocar nenhuma assembléia de artistas.
Jamais, nem no tempo da ditadura, governo algum se deu ao desplante de convocar uma assembléia de artistas.
Para mim, quando a prefeitura convoca uma assembléia ela está usurpando competências das entidades representativas da classe, ou seja, dos Sindicatos de Músicos, de Artistas Plásticos, dos Produtores de Artes Cênicas, dos Artistas e Técnicos, do Movimento de Grupos, etc.
Quando se procura uma ação participativa, o objetivo final é a organização da sociedade para melhor caminhar em direção do ideal de isocracia.
Não se pode buscar organização excluindo os segmentos já organizados.
Os representantes dos artistas no Conselho deveriam ser eleitos em assembléia geral convocada pelas entidades que os representam, nunca, em hipótese alguma, arrebanhados pela prefeitura.
Quem for eleito nesta assembléia estará representando apenas a prefeitura, jamais o coletivo dos artistas. Eu não me sentirei representado por um conselho formado por esta ação despótica. E não me sentirei representado por um grupamento "amigável" ao poder, como o próprio poder municipal está exigindo, já que se deu ao desplante de chamar uma assembléia de uma classe que não representa e não tem direito de convocar.
Aqueles que se juntam à prefeitura para chamar uma assembléia deixam margem a serem tidos apenas com adesistas de um governo.
Artistas eleitos por assembléia da prefeitura somente poderão responder por suas decisões à própria prefeitura.
E a função de um conselho é a de representar e RESPONDER aos seus, não ao governo.
É uma ação lamentável esta.
Espero que Cida Falabella, indiscutível como artista, reveja sua posição e rejeite esta ação nefasta.
Abraço
Walmir José

 
 
           


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sábado, 30 de julho de 2011

Res: Fwd: PROTESTO - Conselho Municipal de Cultura!

De: Leonardo Lessa <leonardo@teatroinvertido.com.br>
Data: 29 de julho de 2011 14:29
Assunto: Res: Fwd: PROTESTO - Conselho Municipal de Cultura!
Para: walmir.carvalho@hotmail.com

Caro Walmir,

Como estou, juntamente com outros artistas, diretamente envolvido nessa mobilização, me senti no dever de responder seu email em protesto ao Conselho Municipal de Cultura, ainda que ele não tenha sido remetido diretamente ao meu endereço por você.
Em primeiro lugar, creio ser fundamental um esclarecimento: o Conselho é um órgão deliberativo e consultivo da administração municipal, portanto, por força de Lei é obrigação do poder executivo convocar suas assembléias de eleição. Esta instância governamental é um dos mecanismos mais importantes da gestão participativa que pretende, de forma paritária, estabelecer um espaço democrático de deliberação sobre as políticas públicas do município para diversos segmentos. A Educação, Saúde, Políticas Urbanas, Patrimônio e outras áreas já possuem seus Conselhos em pleno funcionamento há alguns anos –eles foram responsáveis por importantes vitórias da sociedade, como o recente tombamento do Lapa Multishow. Reforço, portanto, que essa é uma conquista da democracia e não compreendo qual o caráter despótico identificado por você nesse processo. Ele não exclui a organização autônoma do segmento que pode (e deve) se mobilizar em fóruns e outras organizações que poderão, inclusive, interferir nos debates que se darão no interior do Conselho.

Ressalto também que as entidades representativas dos profissionais da cultura estão totalmente incluídas nessa dinâmica, e essa inclusão existe da forma mais democrática possível: todos os seus associados com mínimo de dois anos de atuação têm o direito ao voto e a lançarem suas candidaturas. Mas não somente eles, pois não há como obrigar ninguém a se associar a um sindicato ou movimento para ter direitos como cidadão (isso sim nos remete aos anos de chumbo). Essa também foi uma conquista da intensa mobilização empreendida por agentes culturais das mais diversas áreas, que conseguiram alterar o Decreto que regulamentava o Conselho ampliando ao máximo a participação democrática nesse processo eleitoral.

Por fim, acho importante pontuar que esse se trata de um Conselho Municipal de CULTURA, em seu sentido mais amplo, devendo contemplar não só o segmento profissional, mas todos os cidadãos, inclusive aqueles que não podem ou não querem se institucionalizar.

Com todo o meu respeito,

Leonardo Lessa

Em 30 de julho de 2011 13:12, Magdalena Rodrigues <mamagod@hotmail.com> escreveu:


Protesto de Walmir José Ferreira de Carvalho - ator/diretor - Ex Diretor da Escola de Teatro da PUC Minas e
Ex Presidente do SATED/MG

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Prezados companheiros,
não participarei da eleição deste Conselho.
Considero que a prefeitura não tem competência nem direito de convocar nenhuma assembléia de artistas.
Jamais, nem no tempo da ditadura, governo algum se deu ao desplante de convocar uma assembléia de artistas.
Para mim, quando a prefeitura convoca uma assembléia ela está usurpando competências das entidades representativas da classe, ou seja, dos Sindicatos de Músicos, de Artistas Plásticos, dos Produtores de Artes Cênicas, dos Artistas e Técnicos, do Movimento de Grupos, etc.
Quando se procura uma ação participativa, o objetivo final é a organização da sociedade para melhor caminhar em direção do ideal de isocracia.
Não se pode buscar organização excluindo os segmentos já organizados.
Os representantes dos artistas no Conselho deveriam ser eleitos em assembléia geral convocada pelas entidades que os representam, nunca, em hipótese alguma, arrebanhados pela prefeitura.
Quem for eleito nesta assembléia estará representando apenas a prefeitura, jamais o coletivo dos artistas. Eu não me sentirei representado por um conselho formado por esta ação despótica. E não me sentirei representado por um grupamento "amigável" ao poder, como o próprio poder municipal está exigindo, já que se deu ao desplante de chamar uma assembléia de uma classe que não representa e não tem direito de convocar.
Aqueles que se juntam à prefeitura para chamar uma assembléia deixam margem a serem tidos apenas com adesistas de um governo.
Artistas eleitos por assembléia da prefeitura somente poderão responder por suas decisões à própria prefeitura.
E a função de um conselho é a de representar e RESPONDER aos seus, não ao governo.
É uma ação lamentável esta.
Espero que Cida Falabella, indiscutível como artista, reveja sua posição e rejeite esta ação nefasta.
Abraço
Walmir José

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Re: [segunda-fundacao] segunda que vem no IRAQ: 1 de agosto

já tô lá!

2011/7/30 paulo do amparo <paulodoamparo@gmail.com>
yeah!


Em 29 de julho de 2011 18:52, Jarbas Jacome <jandila@gmail.com> escreveu:
> vamo se encontrar galera? 19hs no IRAQ.
> abraço.
> jjR
>



--
Jerônimo Barbosa
jeraman.info

Re: [segunda-fundacao] segunda que vem no IRAQ: 1 de agosto

yeah!


Em 29 de julho de 2011 18:52, Jarbas Jacome <jandila@gmail.com> escreveu:
> vamo se encontrar galera? 19hs no IRAQ.
> abraço.
> jjR
>

Re: PROTESTO - Conselho Municipal de Cultura!

até então, eu via essa assembleia como uma postura legítima a ser tomada em um estado de direito democrático, no qual as pessoas podem convocar e eleger seus pares para as representar em conselhos. 
Ressalto que, dada minha atribuladíssima agenda como produtora e atriz nestes últimos meses, infelizmente não pude me dedicar a entender o assunto com a dedicação que ele merece - falha minha.
De qualquer forma, a idoneidade dos artistas que realizavam as convocações para a eleição do conselho, e também o respeito que nutro pela artista e agente social Cida Falabella, me levavam a encarar o processo da forma como mencionei acima: um procedimento legítimo e democrático.

Qual não foi minha surpresa ao receber o protesto do prof. Walmir José - cuja trajetória eu igualmente respeito. O professor se utiliza de expressões a meu ver muito fortes: evoca a ditadura, fala sobre desplante, ação despótica, exclusão e até mesmo ação nefasta. 
Eu ainda não entendi (por desinformação minha, reitero) como uma convocatória como essa, para que quaisquer artistas que se cadastrarem possam eleger seu representante no Conselho, pode ser chamada de ação despótica ou nefasta, por isso gostaria que me ajudassem a entender...

Até então eu encarava a eleição do conselho como uma conquista da classe artística por uma maior representatividade nas políticas públicas para a cultura em Belo Horizonte, mas parece que não é bem assim. Pergunto: por que classificar o conselho como uma medida governista que fere o princípio da isocracia? Alguém pode me ajudar a entender? Pode ser inclusive com indicações de textos, estatutos, resoluções e o que mais estiver disponível, estou disposta a ler tudo...

Gostaria de entender também em que medida os segmentos já organizados estão de fato excluídos dessa eleição...

Agradeço a quem puder dar continuidade ao debate com mais esclarecimentos, porque estou perdida em meio a tantas acusações...

Abraços!

Em 30 de julho de 2011 13:12, Magdalena Rodrigues <mamagod@hotmail.com> escreveu:

Protesto de Walmir José Ferreira de Carvalho - ator/diretor - Ex Diretor da Escola de Teatro da PUC Minas e
Ex Presidente do SATED/MG

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Prezados companheiros,
não participarei da eleição deste Conselho.
Considero que a prefeitura não tem competência nem direito de convocar nenhuma assembléia de artistas.
Jamais, nem no tempo da ditadura, governo algum se deu ao desplante de convocar uma assembléia de artistas.
Para mim, quando a prefeitura convoca uma assembléia ela está usurpando competências das entidades representativas da classe, ou seja, dos Sindicatos de Músicos, de Artistas Plásticos, dos Produtores de Artes Cênicas, dos Artistas e Técnicos, do Movimento de Grupos, etc.
Quando se procura uma ação participativa, o objetivo final é a organização da sociedade para melhor caminhar em direção do ideal de isocracia.
Não se pode buscar organização excluindo os segmentos já organizados.
Os representantes dos artistas no Conselho deveriam ser eleitos em assembléia geral convocada pelas entidades que os representam, nunca, em hipótese alguma, arrebanhados pela prefeitura.
Quem for eleito nesta assembléia estará representando apenas a prefeitura, jamais o coletivo dos artistas. Eu não me sentirei representado por um conselho formado por esta ação despótica. E não me sentirei representado por um grupamento "amigável" ao poder, como o próprio poder municipal está exigindo, já que se deu ao desplante de chamar uma assembléia de uma classe que não representa e não tem direito de convocar.
Aqueles que se juntam à prefeitura para chamar uma assembléia deixam margem a serem tidos apenas com adesistas de um governo.
Artistas eleitos por assembléia da prefeitura somente poderão responder por suas decisões à própria prefeitura.
E a função de um conselho é a de representar e RESPONDER aos seus, não ao governo.
É uma ação lamentável esta.
Espero que Cida Falabella, indiscutível como artista, reveja sua posição e rejeite esta ação nefasta.
Abraço
Walmir José

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Débora Vieira

"Aqueles que falam de revolução e luta de classes sem se referir explicitamente à vida cotidiana, sem compreender o que há de  subversivo no amor e de positivo na recusa das coações, esses têm na boca um cadáver."
Raoul Vaneigem

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PROTESTO - Conselho Municipal de Cultura!


Protesto de Walmir José Ferreira de Carvalho - ator/diretor - Ex Diretor da Escola de Teatro da PUC Minas e
Ex Presidente do SATED/MG

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Prezados companheiros,
não participarei da eleição deste Conselho.
Considero que a prefeitura não tem competência nem direito de convocar nenhuma assembléia de artistas.
Jamais, nem no tempo da ditadura, governo algum se deu ao desplante de convocar uma assembléia de artistas.
Para mim, quando a prefeitura convoca uma assembléia ela está usurpando competências das entidades representativas da classe, ou seja, dos Sindicatos de Músicos, de Artistas Plásticos, dos Produtores de Artes Cênicas, dos Artistas e Técnicos, do Movimento de Grupos, etc.
Quando se procura uma ação participativa, o objetivo final é a organização da sociedade para melhor caminhar em direção do ideal de isocracia.
Não se pode buscar organização excluindo os segmentos já organizados.
Os representantes dos artistas no Conselho deveriam ser eleitos em assembléia geral convocada pelas entidades que os representam, nunca, em hipótese alguma, arrebanhados pela prefeitura.
Quem for eleito nesta assembléia estará representando apenas a prefeitura, jamais o coletivo dos artistas. Eu não me sentirei representado por um conselho formado por esta ação despótica. E não me sentirei representado por um grupamento "amigável" ao poder, como o próprio poder municipal está exigindo, já que se deu ao desplante de chamar uma assembléia de uma classe que não representa e não tem direito de convocar.
Aqueles que se juntam à prefeitura para chamar uma assembléia deixam margem a serem tidos apenas com adesistas de um governo.
Artistas eleitos por assembléia da prefeitura somente poderão responder por suas decisões à própria prefeitura.
E a função de um conselho é a de representar e RESPONDER aos seus, não ao governo.
É uma ação lamentável esta.
Espero que Cida Falabella, indiscutível como artista, reveja sua posição e rejeite esta ação nefasta.
Abraço
Walmir José

Res: Fwd: PROTESTO - Conselho Municipal de Cultura!

Caro Walmir, como você, eu também não vou participar dessa eleição.

Talvez eu não esteja entendendo direito as coisas, afinal a gente vai ficando velho e as coisas mudam, o novo chega e nos engole. Mas, pelo que eu entendi, a eleição para esse conselho pode se transformar em uma grande aberração.
Da forma que está escrito, é possível que a própria prefeitura (ou a própria Fundação) aponte, democráticamente, candidatos a eleição do conselho, além dos 15 que tem direito (e do presidente do conselho, e´claro rsrsrs). No extremo, até mesmo o prefeito pode ser candidato ao conselho municipal de cultura ocupando uma das vagas dos artistas. Isso em um orgão que se pretende ser Paritário! Pra mim isso é uma aberração.
Amigo Walmir, torço para que estejamos mal informados ou, quem sabe, velhos demais para entender.

É preciso, no entanto, afirmar que Cida Falabella, no meu entender, é um excelente nome para participar de qualquer conselho municipal de cultura em nossa cidade. Certamente ela terá muito a contribuir.

Geraldo Octaviano


De: DILSON MAYRON <dilsonmayron@ig.com.br>
Para: artistasdebelohorizonte@googlegroups.com
Enviadas: Sexta-feira, 29 de Julho de 2011 16:30
Assunto: Fwd: Fw: RE: Res: Fwd: PROTESTO - Conselho Municipal de Cultura!


 
 
 
 
 
-------Mensagem original-------
 
Data: 29/07/2011 15:20:09
Para: leonardo@teatroinvCaro Leonardo,

Você confunde a eleição formal do Conselho, que é quando a prefeitura homologa as indicações das classes artísticas, com a eleição pelas categorias dos membros que serão indicados por elas ao Conselho.
A eleição formal é uma coisa, a escolha dos representantes das categorias é outra.
A prefeitura não pode ter o desplante de chamar uma assembleia de classes para indicar os representantes que ela vai homologar.
Quando as classes indicam nomes à prefeitura, ela deverá fazê-lo em listas tríplices ou quádruplas, ou quíntuplas, ou sêstuplas, o que for.
A prefeitura pode então, de posse das listas, escolher dentre os indicados, aqueles que comporão o conselho, realizar a eleição formal.
Mas a prefeitura não pode chamar uma assembléia de classes para indicar os nomes.
Nem ao tempo da ditadura os generais fizeram isso.
Isto se chama curral, no triste folclore da polítca autoritária dos coronéis.
Você está caindo em grave erro ao apoiar e defender este desmando.
E quanto à importância do Conselho, ela só se dará se ele tiver a quem responder.
Um conselho cujos nomes são indicados em assembléia convocada pela própria prefeitura não tem a menor importância, não me representa e não representa ninguém, a não ser a própria prefeitura.
Trata-se, mais um vez, no triste folclore da política, do que chamavam de voto de cabresto.
Eu não reconheço um representante assim.
Espero que você e os artistas diretamente envolvidos nesta mobilização reflitam e retirem seu apoio a esta forma de indicação dos representantes das classes.
Abraço a todos
Walmir José


Date: Fri, 29 Jul 2011 14:29:11 -0300
Subject: Res: Fwd: PROTESTO - Conselho Municipal de Cultura!
From: leonardo@teatroinvertido.com.br
To: walmir.carvalho@hotmail.com
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Caro Walmir,
Como estou, juntamente com outros artistas, diretamente envolvido nessa mobilização, me senti no dever de responder seu email em protesto ao Conselho Municipal de Cultura, ainda que ele não tenha sido remetido diretamente ao meu endereço por você.
Em primeiro lugar, creio ser fundamental um esclarecimento: o Conselho é um órgão deliberativo e consultivo da administração municipal, portanto, por força de Lei é obrigação do poder executivo convocar suas assembléias de eleição.  Esta instância governamental é um dos mecanismos mais importantes da gestão participativa que pretende, de forma paritária, estabelecer um espaço democrático de deliberação sobre as políticas públicas do município para diversos segmentos. A Educação, Saúde, Políticas Urbanas, Patrimônio e outras áreas já possuem seus Conselhos em pleno funcionamento há alguns anos – eles foram responsáveis por importantes vitórias da sociedade, como o recente tombamento do Lapa Multishow. Reforço, portanto, que essa é uma conquista da democracia e não compreendo qual o caráter despótico identificado por você nesse processo. Ele não exclui a organização autônoma do segmento que pode (e deve) se mobilizar em fóruns e outras organizações que poderão, inclusive, interferir nos debates que se darão no interior do Conselho.
Ressalto também que as entidades representativas dos profissionais da cultura estão totalmente incluídas nessa dinâmica, e essa inclusão existe da forma mais democrática possível: todos os seus associados com mínimo de dois anos de atuação têm o direito ao voto e a lançarem suas candidaturas. Mas não somente eles, pois não há como obrigar ninguém a se associar a um sindicato ou movimento para ter direitos como cidadão (isso sim nos remete aos anos de chumbo). Essa também foi uma conquista da intensa mobilização empreendida por agentes culturais das mais diversas áreas, que conseguiram alterar o Decreto que regulamentava o Conselho ampliando ao máximo a participação democrática nesse processo eleitoral.
Por fim, acho importante pontuar que esse se trata de um Conselho Municipal de CULTURA, em seu sentido mais amplo, devendo contemplar não só o segmento profissional, mas todos os cidadãos, inclusive aqueles que não podem ou não querem se institucionalizar.
Com todo o meu respeito,
Leonardo Lessa
 


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sexta-feira, 29 de julho de 2011

[segunda-fundacao] segunda que vem no IRAQ: 1 de agosto

vamo se encontrar galera? 19hs no IRAQ.
abraço.
jjR

Inscrições abertas para o FETO - Festival Estudantil de Teatro



                                                                                       FETO - Festival Estudantil de Teatro recebe inscrições de espetáculos
 

O FETO – Festival Estudantil de Teatro começa os preparativos para mais uma edição. A Associação No Ato Cultural, idealizadora do Festival, lança o edital de inscrições de espetáculos para a edição de 2011. Após lerem o edital, os grupos e interessados das categorias "Teatro na Escola" e "Escola de Teatro" devem inscrever-se pela internet no site do FETO (www.fetobh.art.br), do dia 08 de julho a 15 de agosto.  A programação do Festival, além de apresentações de artes cênicas, inclui oficinas, análise de espetáculos, encontros e debates, aproximando o diálogo entre estudantes, educadores, grupos e produtores culturais.

Os espetáculos do FETO podem ser inscritos em duas categorias: a categoria Teatro na Escola, destinada a estudantes de qualquer nível nas redes de ensino fundamental, médio e superior; ou Escola de Teatro, voltada para estudantes de Teatro e Artes Cênicas em qualquer nível de formação. Os espetáculos selecionados das duas categorias serão divulgados até o dia 09 de setembro, e comporão a programação do Festival que acontecerá em outubro deste ano.

O FETO é um projeto que nasceu no ano de 1999 em Belo Horizonte e já recebeu milhares de estudantes, grupos, educadores e agentes culturais de todo o Brasil. Durante as dez edições passadas, o projeto foi porta de entrada para o diálogo, produção de conhecimento e estreitamento de redes entre pessoas interessadas no teatro em ambiente escolar. O Festival, ao longo dos anos, foi essencial também para o enriquecimento das produções acadêmicas nas artes cênicas, bem como para a profissionalização de estudantes em processo de formação artística.

O Festival também acredita que grandes ações são feitas com o diálogo e troca de conhecimentos entre pessoas, e em ambiente de redes, estas ações são otimizadas, por isso os usos de tecnologias e suportes digitais nos auxiliam na manutenção desses laços. É possível acompanhar as novidades do FETO no twitter (@fetobh), facebook (FETO Teatro) e youtube (centralfeto).

O FETO é uma realização da Associação No Ato Cultural, focado no trabalho com educação e cultura. O Festival conta com os benefícios da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, possui apoio institucional do Instituto Unimed BH e patrocínio da Cemig, através do Programa Cemig Cultural, realizado em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais.

Gostaríamos de contar com seu apoio para a divulgação das inscrições do FETO 2011 nos veículos de comunicação do Plug Minas. Segue em anexo este release e a imagem de divulgação. Caso necessite de mais informações, por favor entre em contato conosco!

Atenciosamente


--  ________  Bárbara Bof Associação No Ato Cultural (31) 2555-8575 (31) 8466-4144 www.noatocultural.org.br    

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